segunda-feira, 3 de março de 2008

o espetáculo

o nome Oroboros - o fim é só o começo nasceu da constatação que se faz, no conjunto do espetáculo, de que não há um encerramento definitivo para as coisas, mas a continuação em novo estado.

é um espetáculo que não prende o ator a um personagem fixo – todos fazem de tudo, sem limitações de sexo, idade, forma, etnia etc. não é, portanto realista, mas fortemente simbolista. abusa da teatralidade e escancara as ações em um espaço cênico diferenciado.

a busca do personagem central dá-se, basicamente, em livros; a montagem louva a cultura que pode ser encontrada em livros que façam pensar. o cenário, portanto, é tomado por livros.

a luz é também elemento de forte apelo para nossa linguagem cênica, por suas significações simbólicas e seus efeitos plásticos que vão da leveza à mais profunda solenidade.

essa combinação, que apresento aqui de maneira beeem sumária, está presente em todos os aspectos técnicos do espetáculo, que o tornam enxuto, discreto e, ao mesmo tempo, denso.

a gente estréia dia 16/03 e ficamos em cartaz até 17/05. como dizia um antigo cartaz de teatro: "não deixe de não perder!".

agora que estamos mais próximos do dia D...

está chegando o dia da estréia. hora mais que propícia para aprofundarmos e estendermos as informações para o leitor/internauta que nos brinda com a visita. lá vai, portanto!

Oroboros?
Em primeiro lugar, essa palavra vem do grego e significa “aquele que devora a própria cauda”. Também usam-se as grafias ouroboros e uróboros, entre outras, como dito aí no perfil ao lado.

É representado, geralmente, como uma serpente ou dragão que, ao morder sua cauda, forma um círculo ou figura assemelhada. Com isso, ele englobaria todo o mundo; talvez o universo...

A figura do oroboros está presente em uma infinidade de culturas, ligada às mais diversas mitologias e religiões (indiana, chinesa, grega, egípcia, asteca e nórdica, para citar algumas).

Representa o eterno retorno, o ciclo da vida, o próprio universo. Assemelha-se, assim, à fênix, que renasce de suas cinzas, que precisa morrer para reviver, para que a vida não tenha fim. Também pode ser associado ao símbolo do Tao, yin-yang, por demonstrar igualmente que toda a realidade se interpenetra, que as coisas não têm um só lado.

“Não acabou de acontecer.
Está acontecendo;
ainda e ainda está acontecendo,
simultaneamente, em muitos lugares.
É por isso que essa história é contada.
É preciso que esta história seja contada.
Ou, então: esta história é contada porque ela precisa.”
não é bacana? já-já posto mais.