segunda-feira, 3 de março de 2008

o espetáculo

o nome Oroboros - o fim é só o começo nasceu da constatação que se faz, no conjunto do espetáculo, de que não há um encerramento definitivo para as coisas, mas a continuação em novo estado.

é um espetáculo que não prende o ator a um personagem fixo – todos fazem de tudo, sem limitações de sexo, idade, forma, etnia etc. não é, portanto realista, mas fortemente simbolista. abusa da teatralidade e escancara as ações em um espaço cênico diferenciado.

a busca do personagem central dá-se, basicamente, em livros; a montagem louva a cultura que pode ser encontrada em livros que façam pensar. o cenário, portanto, é tomado por livros.

a luz é também elemento de forte apelo para nossa linguagem cênica, por suas significações simbólicas e seus efeitos plásticos que vão da leveza à mais profunda solenidade.

essa combinação, que apresento aqui de maneira beeem sumária, está presente em todos os aspectos técnicos do espetáculo, que o tornam enxuto, discreto e, ao mesmo tempo, denso.

a gente estréia dia 16/03 e ficamos em cartaz até 17/05. como dizia um antigo cartaz de teatro: "não deixe de não perder!".