quinta-feira, 3 de abril de 2008

Amadurecendo


Três finais de semana se passaram desde que o espetáculo estreou, no dia 16 de Março. E a sensação é de que a cada apresentação, o grupo amadure mais, cresce.

No teatro as coisas são assim... não tem reprise. Mesmo que o texto e o elenco sejam o mesmo, a cada espetáculo muda o público e mudam os atores, que não são os "mesmos" todos os dias. Uns dias estão bem, outros não. Claro que a obra está acima de tudo, mas é inevitável que isso reflita no que está em cena. Portanto, cada apresentação é única.

E, posso também dizer por meus colegas de elenco, que está a cada dia mais prazeroso atuar. O texto fica mais orgânico e as cenas mais seguras.

Nosso processo foi único! Era para ter início em agosto do ano que se passou. Teoricamente, ele se iniciou. Mas, de verdade, mesmo, só deslanchou a partir de 07 de janeiro. Ou seja, estamos falando de um espetáculo que foi escrito e encenado em pouco mais de 2 meses. Foi muito trabalho e muita dedicação. E quando penso no que trouxemos ao palco, sinto muito orgulho por cada um de nós: elenco, direção e agora por toda a equipe técnica que nos acompanha e faz parte desse "filho" que foi muito desejado e muito esperado. Uma gestação difícil. Mas enfim, parimos! E nesse momento acompanhamos cada evolução. Cada passo. E cuidamos para que ele cresça, evolua com tudo que tem direito.

Não basta escrever um texto, encenar, decorar... é preciso fazer uma manutenção diária. E a cada fim de espetáculo fazemos nossas reflexões. O que está realmente se comunicando com o público ou o que ainda pode ser melhorado. Afinal, ele nunca vai estar pronto. Talvez, lá pelo dia 18 de maio. Mesmo assim, é muito provável que a gente continue acreditando que ele ainda pode mudar, aquela cena podia melhorar, aquela fala podia ser dita de outro jeito - mesmo que não haja mais cena, mesmo que não haja mais fala, mesmo que não haja mais espetáculo...